O clima de polarização e intolerância política invadiu os templos religiosos. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), têm interrompido missas da Igreja Católica e ofendido padres sob a alegação de que os religiosos supostamente pedem votos para o ex-presidente Lula (PT).
O caso mais recente ocorreu em Aparecida, São Paulo. Durante visita do presidente ao Santuário, bolsonaristas vaiaram o arcebispo dom Orlando Brandes, durante a homilia, após ele dizer que o Brasil precisava vencer muitos dragões, como o ‘ódio, da fome e do desemprego’.
Segundo informações do G1, no mesmo dia, em Minas Gerais, o padre Zezinho da Congregação do Sagrado Coração de Jesus, foi ofendidos por bolsonaristas, se retirou das redes sociais e disse que só retornaria após as eleições. “Depois das ofensas de hoje contra o Papa, contra os bispos, contra mim, com calúnias e palavras de baixo calão, estou fechando esta página até dia 31 de outubro”.
Diante dos casos, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e religiosos já emitiram alerta sobre o aumento da intolerância. No texto, a entidade afirma que “momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil lamenta e reprova tais ações e comportamentos”.