Dois diretores do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão envolvido nas denúncias de compra de ônibus a preços inflados e intermediação de verbas por pastores, adquiriram carros de luxo após assumirem os cargos. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Mesmo recebendo salários de pouco mais de R$ 10 mil, os diretores Garigham Amarante e Gabriel Vilar compraram veículos utilitários esportivos (SUVs, na sigla em inglês) avaliados em R$ 330 mil e R$ 250 mil, respectivamente.
Amarante chegou ao cargo por indicação do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O PL é o partido do presidente Jair Bolsonaro. O diretor foi responsável por organizar o pregão eletrônico que tinha indicação de sobrepreço de R$ 700 milhões, como revelou o Estadão. A licitação está embargada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Amarante comprou um SUV Mercedes-Benz GLB 200 Progressive, avaliado em R$ 330 mil. Adquirido por meio de financiamento, o veículo pode ter prestações equivalentes ao salário do diretor no órgão público, de acordo com a estimativa de um simulador online da fabricante.
Procurados pela reportagem do Estadão, tanto Amarante quanto Vilar disseram que compraram os veículos dando de entrada valores referentes à venda de carros que já possuíam. Eles, no entanto, não quiseram mostrar ocumentos para confirmar as declarações.