Longa-metragem produzido no Recôncavo é selecionado para o Festival de Brasília

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O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é talvez hoje o mais importante e prestigioso evento cinematográfico do país. A lista de selecionados acabou de ser divulgada e há dois filmes baianos em competição: o longa-metragem “Café com Canela”, de Glenda Nicácio e Ary Rosa, e o curta “Mamata”, de Marcus Curvelo.

“Café com Canela” é produzido pela Rosza Filmes Produções, empresa sediada na cidade de São Félix, próximo a Cachoeira. Os diretores do filme e donos da produtora passaram pelo curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Recôncavo (UFRB) e sediaram lá sua empresa. “Café com Canela” é o primeiro longa que eles realizaram.

“É uma felicidade estar no festival, junto com cineastas que a gente admira tanto. Ficar entre os nove é surpreendente, mas estamos muito animados até por ser uma edição muito importante do festival, a 50ª”, comemora o diretor Ary Rosa.

Segundo ele, “Café com Canela” é uma história de cotidiano, traçada a partir do reencontro entre duas mulheres, Margarida e Violeta. O filme pretende mostrar a cara do recôncavo baiano, explorando as regiões de Cachoeira, São Félix e Muritiba. “É um ponto muito chave e caro para gente o respeito e o entendimento desse lugar. E o Festival Brasília é uma janela linda para mostrar isso”, arremata o diretor.

Ary também destaca o fato do filme ser de uma produtora do interior da Bahia. “Salvador também é um centro em relação a gente. Mas isso tudo é parte de uma política pública de descentralização que soubemos entender. E foi uma escolha nossa manter a produtora no recôncavo. É muito bom saber que é possível fazer filmes aqui”, revelou Ary.

Curta-metragem 

Também tem presença baiana na seleção de curtas-metragens: “Mamata”, dirigido por Marcus Curvelo, membro do Cual – Coletivo Urgente de Audiovisual. Eles já passaram pelo festival ano passado com o curta Ótimo Amarelo e voltam agora com o novo filme.

Segundo Curvelo, o curta foi feito à luz dos últimos acontecimentos políticos do país. Sem revelar muita coisa da história, e perguntado sobre o que esperar desse filme, a resposta foi enfática: “Depressão e delírio. Desespero profundo com o Brasil. Fizemos sem dinheiro. Somos todos desesperados e insistentes”, disse o diretor.

Além dele, vale destacar a presença do curta “As Melhores Noites de Veroni”, dirigido pelo alagoense Ulisses Arthur, que está finalizando o curso de Cinema e Audiovisual na UFRB e cotou com equipe formada por alunos do curso para realizar o filme.

O Festival de Brasília acontece de 15 a 24 de setembro. Abaixo, a lista dos longas e curtas selecionados para a edição deste ano:

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