Municípios terão reforço de R$ 200 milhões para ações de controle da sífilis

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Os municípios brasileiros terão um reforço de R$ 200 milhões para intensificar ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da sífilis. Denominada Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção, a estratégia foi anunciada nesta terça-feira (31) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros.

A iniciativa é uma das metas da agenda estratégica para redução da sífilis congênita no país lançada em 2016 e, agora, renovada por mais dois anos. Serão priorizadas 100 cidades que concentram 60% dos casos da doença, das quais quatro são localizadas na Bahia: Salvador, Teixeira de Freitas, Camaçari e Porto Seguro. “Garantimos o abastecimento dos municípios com a penicilina e ampliamos também a oferta dos testes. Mas ainda é necessária uma mudança no comportamento dos profissionais de saúde e também da população”, explicou Barros.

Foram destinados R$ 13,5 milhões para a aquisição de 2,5 milhões de ampolas de penicilina benzatina, para o tratamento da sífilis adquirida e em gestantes, além de 450 mil ampolas da penicilina cristalina, para tratar a doença em bebês.

De acordo com o Ministério da Saúde, a quantidade garantirá o abastecimento da rede pública até 2019. Na ampliação e qualificação do diagnóstico, uma das ações do plano é o aumento da testagem, principalmente nas gestantes. “Quanto mais nós diagnosticamos gestantes com sífilis, menos crianças nascem com a doença. Portanto, precisamos que o pré-natal seja qualificado, para os serviços de saúde tratem as gestantes e assim haja redução da transmissão de mãe para filho”, argumentou o ministro.

O plano prevê ainda implantação de linhas de cuidado para a sífilis com acompanhamento de crianças expostas a doença e também com intervenção em populações chave, como gays e homens que fazem sexo com homens, travestis e profissionais do sexo. No eixo de pesquisa e comunicação, está prevista a realização de campanhas educativas durante todo o ano e incentivos para desenvolvimento de estudos e pesquisas voltados para o enfrentamento e monitoramento da doença. Segundo dados do Boletim Epidemiológico de 2017, entre 2015 e 2016, a sífilis adquirida teve um aumento de 27,9%, a sífilis em gestantes de 14,7% e a congênita de 4,7%.

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