O deputado Niltinho (PP), juntamente com seus colegas Nelson Leal (PP) e Vitor Bonfim (PV), liderou uma iniciativa na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), nesta última terça-feira (7), para coletar assinaturas em apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permitiria a reeleição para o comando da Casa na mesma legislatura. A movimentação busca colocar a PEC em votação ainda este ano.
Niltinho, ao abordar a PEC destacou que a proposta já conta com a assinatura da grande maioria dos deputados da AL-BA. “Trata-se de apenas um passo, a PEC não significa uma reeleição natural. Com esta PEC, quando se aproximar o período da eleição para presidente da Casa, a hipótese da reeleição não pode ser descartada”. A sucessão da presidência da AL-BA está prevista para fevereiro de 2025.
O atual presidente da AL-BA, Adolfo Menezes (PSD), recebeu elogios do deputado. “Adolfo Menezes tem sido um excelente presidente. E este trabalho é reconhecido pelos deputados estaduais. Então, há um sentimento na Casa de reconhecimento à sua atuação”, exaltou.
A movimentação em prol da PEC da reeleição na AL-BA é um desenvolvimento político relevante, pois pode impactar diretamente a continuidade da liderança na Casa, o que beneficiaria diretamente Adolfo.
Reações contrárias
O debate sobre a PEC da reeleição causou tensões durante a coleta de assinaturas na terça (7), com o líder do governo, Rosemberg Pinto (PT), que ameaçou tratar Niltinho “como oposição”. Niltinho, defensor da reeleição de Adolfo Menezes, destacou que divergências são normais no parlamento.
“Ele tem a posição dele e eu tenho a minha. Eu sou a favor da reeleição de Adolfo à presidência, nunca escondi de ninguém, mas respeito a vontade dele em querer também ser presidente. Ele tem feito um bom trabalho como líder do governo na Casa, e tem o meu respeito. Mas ninguém na Casa pode tirar o direito dos 63 deputados de tentar alçar ao posto de presidente. Afinal, todos têm a mesma importância lá dentro, sem distinção”, comentou Niltinho.
Contrário à PEC, bem como o deputado Rosemberg, o deputado Júnior Nascimento (UB) disse que a mobilização dos parlamentares é legítima, mas vai na contramão do que é determinado pelo Supremo Tribunal Federal que já se pronunciou contrariamente à reeleição dentro da mesma legislatura.
