O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), assistiu ‘in loco’ a final da Liga dos Campeões da Europa, a Champions League, disputada no dia 28 de maio em Paris, entre Liverpool e Real Madrid. Até aí, nada demais, já que a viagem não ocorreu em dia de sessão da corte.
O problema é que a viagem teria sido bancada por um advogado em um jatinho luxuoso, ao custo de, pelo menos, R$ 250 mil. As informações são do colunista Rodrigo Rangel, do site Metrópoles. O avião, de prefixo PR-XXI, tem como sócio o advogado Vinícius Peixoto Gonçalves, dono de um escritório no Rio de Janeiro.
Gonçalves atua em processos que aguardam julgamento no STF e já foi acusado pelo Ministério Público Federal como operador financeiro do ex-ministro das Minas e Energia Edison Lobão. O nome do advogado foi relacionado nas investigações sobre pagamentos de propina pagas para a realização das obras da usina nuclear de Angra 3.
Nunes Marques embarcou no setor de aviação executiva do aeroporto de Brasília no fim da tarde de 26 de maio, uma quinta-feira. O voo fez uma escala em Cabo Verde, na costa africana, e depois pousou no aeroporto de Le Bourget, nas proximidades de Paris. A volta do passeio aconteceu no dia 30 de maio, uma segunda-feira e o ministro chegou em Brasília na madrugada de terça (31).
Em nota, o ministro disse que as informações da coluna são falsas, mas não esclarece por que embarcou em um avião pertencente a um advogado que tem ações no STF. Nunes afirmou que não viajou no jatinho de Vinícius Gonçalves e que o mesmo não custeou sua viagem. Ele ainda negou conhecer anteriormente o advogado.
