“Vamos fazer um resgate moral, civilizatório”, diz João Jorge sobre Fundação Palmares

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Anunciado nesta quinta-feira (22) como o novo presidente da Fundação Palmares, o atual presidente do Olodum, João Jorge, foi entrevistado nesta sexta-feira (23) na Metropole. Na conversa com Zé Eduardo falou do novo desafio à frente do órgão vinculado ao Ministério da Cultura. “Vamos fazer um resgate moral, civilizatório”, disse sobre os primeiros passos necessários para a Fundação.

João Jorge ainda contou sobre como recebeu o convite feito pela próxima ministra da Cultura, a cantora baiana Margareth Menezes. “Aqui feliz da vida. É uma enorme responsabilidade, um novo desafio, fazer com que a Fundação Palmares volte para os brasileiros, de todas as cores, de todas as regiões, de todos os tipos. Que seja um indutor de difusão cultural, de proteção às comunidades quilombolas, e apoiar, especialmente a juventude, a luta das mulheres e a memória do Brasil”, disse citando o nome da ministra e de outros ministros anunciados, como Silvio Almeida e Anielle Franco, como símbolos da diversidade e do povo preto no novo governo.

O gestor afirmou que a Fundação precisa ser reestruturada após quatro anos em que foi destruída, mas disse que não iria falar da gestão anterior e sim olhar para o futuro.
Estamos vivendo um momento de transição em um Brasil que parece que parou há quatro anos atrás e que tem um longo caminho pela frente.“O que houve nesses quatro anos é impossível de se falar. Vamos começar do começo. Não posso aceitar que Martilho da Vila, Zumbi, Benedita não possa estar numa galeria de personalidades da Palmares. Isso é liberdade e cultura é liberdade”, afirmou.

Questionado sobre como ficaria sua atuação no Olodum, onde atualmente é presidente, João falou sobre novas prioridades. Agora a prioridade é cuidar do Brasil, não só da Bahia e de Salvador. Já passei um periodo longe do Olodum e continuei ajudando e vou continuar”, disse. O diretor ainda comentou sobre a recente viagem internacional do grupo baiano, e afirmou que a fundação precisa trabalhar para expandir a dimensão positiva que o mundo tem da cultura brasileira. “É preciso dar essa dimensão que o mundo tem da nossa cultura e nosso povo com responsabilidade”, finalizou.

Metro1

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