Os licores produzidos na cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano, estão na lista dos mais conhecidos da Bahia e são marca registrada do período junino no estado. Este segundo ano sem São João, por causa da pandemia, não causou impactos negativos na produção das bebidas. Pelo contrário, os produtores revelam aumentos de até 50% na produção e uma alta média de 20% nas vendas.
Rosival Pinto também fala sobre o aumento. Junto com três irmãos, ele administra uma das mais tradicionais casa de licor de Cachoeira, a Roque Pinto Licor, que foi do pai dele e existe na cidade há mais de 100 anos. Apesar das boas vendas, Rosival destaca que ainda é preciso muito trabalho para alcançar bons resultados.
“No meu caso houve aumento nas vendas de 20%, mas não houve um acréscimo de 20% na minha renda. Não houve aumento na renda, porque subiu várias coisas [matéria prima] e não repassamos isso para mercadoria. A gente [produtores] manteve o preço e com a margem de lucro menor, fazendo com que a gente ganhe esse aumento na quantidade de vendas”, explicou.
Mesmo sem ainda ver um acréscimo significante na renda, o registro de aumento na produção é unânime. Outra opinião comum dos produtores ouvidos pelo G1 é sobre as causas desse aumento. Eles acreditam que com a crise causada pela pandemia, muita gente perdeu o emprego e buscou o licor como fonte de renda.
Fonte: G1