Google demite mais de 20 funcionários por manifestarem contra acordo da empresa com Israel

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
LinkedIn

Mais de 20 funcionários do Google foram demitidos após se manifestarem contra um contrato da empresa com o governo de Israel no último dia 17, quando 28 pessoas já haviam sido desligadas pelo mesmo motivo. O acordo teria sido realizado em 2021, porém, a oposição veio agora devido a atual guerra em Gaza. Os desligamentos foram anunciados nesta terça-feira (23) pelo jornal Washington Post.

O grupo afirmou em um comunicado que a empresa tenta “reprimir a dissidência, silenciar seus trabalhadores e reafirmar seu poder sobre eles”. Além disso, as demissões foram realizadas porque “o Google valoriza seu lucro e seu contrato de US$ 1,2 bilhão com o governo e os militares israelenses mais do que as pessoas”.

As manifestações contra o acordo foram realizadas em 16 de abril nos escritórios do Google, liderados pela organização No Tech for Apartheid Campaign, nas cidades norte-americanas de Nova York, Seattle e Sunnyvale, contra o Projeto Nimbus, assinado pelo Google e Amazon para fornecer serviços em nuvem ao governo israelense.

Segundo os funcionários, Israel usa a tecnologia para prejudicar os palestinos na guerra em Gaza, e deve continuar se organizando até que o Google cancele a iniciativa.

A empresa nega a alegação e afirma que o projeto não envolve “cargas de trabalho altamente sensíveis, confidenciais ou militares para (o desenvolvimento) armas ou serviços de inteligência”.

Veja também: