LIGITIMIDADE
Diante do agravamento da situação brasileira, a saída para a crise tem de ser política, muito mais do que legal. A escolha do próximo presidente por via indireta não serena os ânimos, não reduz as tensões. Somente a eleição direta pode conferir legitimidade e poder ao novo governante para reordenar os destinos do Brasil.
IMORALIDADE
Com o governo esfacelado e toda a base de apoio contaminada, não há a menor condição de o Congresso Nacional votar nada, absolutamente nada. Perdeu temporariamente a autoridade. Só tem poder para apreciar medidas capazes de tirar o Brasil da grave crise política em que se encontra, à beira de um colapso institucional.
INEVITAVEL
A queda de Temer é questão de tempo. E quanto mais ele protela, pior para o Brasil. Aumentam as tensões. O desabafo do empresário Walter Schalka, presidente do grupo Suzano, resume a vontade de todo o povo brasileiro. “Ele terá de sair de qualquer maneira, seja por renúncia, impeachment ou cassação”. É inevitável.
DENTADA
Tem um antigo ditado alemão, forjado no Século XVIII, durante a sangrenta unificação da Alemanha, que diz: “O que não vai com beijo, vai com dentada”. É a cara de Temer.
ESTRANHO
O jornalista Bajonas Teixeira, do Máquina Crítica, faz um questionamento pertinente. Ele diz não entender o motivo de o ministro do STF, Edson Fachin, ter negado a prisão de Aécio Neves, flagrado em situação bem pior do que Delcídio Amaral, preso na Lava Jato. Além de obstrução da Justiça, ao flagrante do tucano somam ainda cobrança de R$ 2 milhões de propina e plano para assassinato. Realmente, muito estranho.
FREGUÊS
A cada detalhe revelado sobre a delação do empresário Joesley Batista, piora, e muito, a situação de Temer. Por exemplo, a JBS paga gordas mesadas ao presidente desde 2010. Já era freguês há muito tempo.