Festa da Boa Morte acontecerá em dois dias e terá retorno da Irmandade

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
LinkedIn

Em 2020 não teve celebração, cortejo, samba e todas as demais tradições da Festa da Boa Morte, que existe há 200 anos em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, e que, no ano passado, deixou de acontecer pela primeira vez por conta da pandemia. Fenômeno inédito que não deve se repetir tão cedo já que, agora, com a vacinação avançando e a queda dos índices da covid-19 em território baiano, o festejo voltará a acontecer, mesmo que de forma limitada apenas nos dias 14 e 15 de agosto. Flexibilização que vai permitir que a Irmandade da Boa Morte – formada por mulheres negras – volte a comparecer à Igreja depois de precisar ver on-line uma única missa celebrativa em favor de Nossa Senhora da Boa Morte logo quando a chegada delas na cidade completava o seu bicentenário.

Uma celebração, no entanto, que nem de longe lembrará o que era antes da pandemia. Isso porque, em tempos comuns, a festa começava no dia 13 com a missa e só acabava no dia 17 com os festejos e ceias. Tradição que retorna junto com a presença das irmãs na Igreja, o que por si só já enche de alegria o coração de Mãe Zelita, 77 anos, representante da Irmandade. “Menino, a felicidade da gente tá enorme só de recebermos a benção de estarmos vivas e presentes na missa. Isso nos faz sentir abençoadas por Nossa Senhora da Boa Morte e Nossa Senhora da Glória. É uma alegria constante”, destaca ela, que faz parte da Irmandade há 45 anos.

Nilza Prado, 79, é irmã da Boa Morte há 26 anos e também não esconde a felicidade por poder estar celebrando a Festa, mesmo que em apenas dois dias de missa.

Fonte: Correio
Fotos: Seu Zé

Veja também: